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009# Aspectos do atleta diabético tipo 1
Afinal, quais são os pontos de atenção para esse público?
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Bom dia! A vida é feita de escolhas, e cada escolha que fazemos nos define. Escolha ser extraordinário e seja o herói da sua própria narrativa.
Aspectos do atleta diabético tipo 1
DIABETES
Mark Andrews, um importante jogador do Baltimore Ravens, um time profissional de futebol americano, é destaque dentro de campo, pelas suas habilidades, e fora dele, com sua campanha de conscientização sobre a diabetes tipo 1 (DM1).
Andrews relata que a tecnologia disponível atualmente foi fundamental para que ele chegasse ao nível em que está hoje. Além disso, seu papel é fundamental para mostrar às crianças portadoras da doença que elas podem, sim, alcançar seus objetivos.
Partindo desse case de sucesso, você já refletiu sobre como ele consegue adequar sua alimentação para a enorme demanda metabólica da modalidade, ao passo que mantém o controle glicêmico?
🚴🏻♀ DM1 e os esportes
A DM1 é caracterizada pela ausência total de produção de insulina. A insulinoterapia busca mimetizar a reposta de secreção de insulina pelo pâncreas, tanto no período pós-prandial, quanto em jejum.
👉 As recomendações de macronutrientes para atletas diabéticos e para aqueles sem a doença são as mesmas. No entanto, sabemos que cada macronutriente, isoladamente ou combinados, podem afetar a secreção de insulina de maneiras diferentes.
Uma vez que a insulinoterapia e a alimentação estão bem ajustadas, o exercício físico também contribui no controle glicêmico. Porém, o atleta com DM1 e sua equipe devem estar atentos às mudanças de intensidade e volume entre os treinos, nos níveis hormonais de insulina, na glicemia pré exercício físico, no timing e composição da última refeição, no local em que está guardada a aplicação de insulina, entre uma série de outros fatores.
👥 Características específicas de cada indivíduo também precisam ser consideradas, como o peso, massa muscular, idade, sexo, nível de atividade física, nível de estresse… Até aqui já entendemos que trabalhar com esse público não é mole, não é? 😅
Respostas metabólicas do DM1
De acordo com a intensidade e volume dos exercícios feitos por atletas de diferentes modalidades, é necessária a mobilização de diversas fontes de combustível. Possivelmente, essa regulação pode estar alterada nos atletas com DM1:
ATP e Fosfocreatina
Atletas com insulinoterapia regularizada e sem presença de nefropatia parecem apresentar níveis normais de ATP e fosfocreatina em repouso e pós exercício. Porém, na ausência de um bom controle glicêmico, os níveis de fosfocreatina parecem demorar mais para serem restaurados em comparação a pessoas normais.
A deprivação de insulina e/ou a hiperglicemia sustentada prejudicam a função mitocondrial, estimulando a mitofagia, implicando no aumento de espécies reativas de oxigênio e na diminuição da eficiência para produzir energia.
Glicogênio
Indivíduos com DM1 podem apresentar níveis variados de glicogênio muscular e hepático com base na sua saúde geral (aplicam insulina regularmente e mantém um bom controle glicêmico).
O controle inadequado da insulinoterapia e do controle glicêmico podem implicar em casos de hipoglicemia (doses altas de insulina) ou hiperglicemia (doses baixas de insulina), além de prejudicar a restauração total do glicogênio hepático.
Gordura
A insulinoterapia intensiva pode causar um acúmulo de reserva de gordura corporal.
Esse efeito pode ser amenizado com restrição calórica ou exercícios de endurance.
Músculos
A deficiência de insulina por um curto período de 8 horas, por exemplo, em combinação com outros fatores (como hiperglicemia, cortisol elevado, inflamação…) é suficiente para desencadear o catabolismo muscular.
Nutrição e performance do atleta com DM1
Afinal, como a nutrição esportiva pode efetivamente auxiliar a manter ou melhorar a performance dessa população?
Para responder essa pergunta, Riddel et al. (2020) destacam que os atletas com DM1 seguem uma variedade de estratégias e ainda não está claro se eles necessitam de alguma recomendação específica. No entanto, os autores pontuaram as principais estratégias com relação ao consumo de carboidratos e de fluidos.
Consumo de Carboidratos (CHO)
Varia conforme os exercícios da modalidade;
Alguns atletas utilizam contagem de carboidrato, mas ela pode ser imprecisa e muitos podem ter dificuldade com esse método. Além disso, os tipos de carboidratos não tem as mesmas propriedades;
Carregamento de carboidratos parece ser viável para essa população;
Alguns atletas fazem dieta com baixo/moderado teor de CHO para melhorar o controle glicêmico, mas isso não é um consenso;
Níveis elevados de glicose no sangue antes do exercício reduzem a necessidade de ingestão de carboidratos
Os requisitos de carboidratos durante o exercício dependem de fatores como uso de insulina, momento do exercício, tipo de atividade e níveis iniciais de glicose no sangue
Para equilibrar a prevenção de hipoglicemia e o desempenho:
Para atividades aeróbicas de baixa a moderada intensidade com duração de 30 a 60 minutos, pequenas quantidades (8 a 20 g) de carboidratos podem ajudar a limitar a hipoglicemia sem afetar significativamente o desempenho
Hidratação e eletrólitos
Atletas com diabetes tipo 1 podem experimentar desidratação leve a moderada durante o exercício se sua glicose no sangue estiver elevada.
Isso pode ser explicado pelo fato de que a hiperglicemia aumenta a perda de água pela urina
A ingestão de líquidos durante o treinamento tende a ser maior em indivíduos com diabetes tipo 1, em comparação com indivíduos saudáveis. Isso pode estar relacionado à sede aumentada causada pela hiperglicemia.
✍️ Take home message:
As respostas metabólicas no atleta com DM1 podem sofrer alterações de acordo com as condições de saúde em que ele se encontra. Em casos de bom controle glicêmico e insulinoterapia adequada, a utilização dos substratos energéticos costuma ser pouco alterado;
As recomendações nutricionais para atletas com DM1 não diferem das demais recomendações para atletas sem a doença;
As estratégias recomendadas pelas principais entidades do esporte podem ser utilizada pelos atletas com DM1, tendo muito cuidado com o tipo do carboidrato consumido e a composição das refeições;
A ingestão de líquidos durante o treinamento tende a ser maior em indivíduos com diabetes tipo 1;
O nutricionista deve saber trabalhar com toda a equipe que circunde o atleta (principalmente o médico e o treinador).
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